Comissão pede inclusão de hacker Walter Delgatti em programa de proteção à testemunha
Foram enviados ofícios solicitando a proteção de Delgatti e sua família à Polícia Federal (PF), ao Ministério dos Direitos Humanos e ao ministro do STF Alexandre de Moraes
17/08/2023 às 20:03 | Atualizado 17/08/2023 às 21:41
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos do 8 de janeiro solicitou a inclusão em programa de proteção à testemunha do hacker Walter Delgatti Neto, que depôs à comissão nesta quinta-feira (17).
No documento, assinado pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), 1º vice-presidente da CPMI, a comissão solicita a inclusão no programa de proteção, além de Delgatti, de seus familiares e advogados.Foram enviados três ofícios: à Polícia Federal (PF), ao Ministério dos Direitos Humanos e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.Depoimento à CPMI
Ainda durante o seu depoimento, o hacker disse que o marqueteiro de campanha de Jair Bolsonaro pediu a Delgatti para criar um “código-fonte fake” para apontar fragilidades nas urnas.
Questionado sobre o assunto, Delgatti disse que sabia que estava cometendo crimes, mas que aceitou os pedidos, pois recebeu ordens do então presidente Bolsonaro.De acordo com o hacker, ele também orientou servidores do Ministério da Defesa na elaboração do relatório das Forças Armadas sobre as urnas. Posteriormente, o documento foi entregue ao TSE.Silêncio
Na seguda parte do depoimento, porém, ao ser questionado por parlamentares da oposição, ele usou do direito de ficar em silêncio. Na noite de quarta-feira (15), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que Delgatti Neto usasse do recurso. Entre os parlamentares da oposição que questionaram Delgatti estão os senadores Sergio Moro (União Brasil-PR) e Marcos Rogério (PL-RO), e os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Filipe Barros (PL-PR).Delgatti Neto está preso desde o início de agosto após ser alvo da Polícia Federal (PF) por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para incluir um falso mandado de prisão contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.Em 2019, ele ficou conhecido por ter vazado mensagens do então ministro da Justiça Sergio Moro, de integrantes da Lava Jato e de outras autoridades.*Publicado por Fernanda Pinotti
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